domingo, 31 de maio de 2009

Dos exemplos assimiláveis do jiu-jitsu

Por Débora Ivanoff,
Vanessa Barroso e
Victor Braid



" A figura do "pitboy" permanece nos níveis inferiores da hierarquia desportiva por nunca ser percebido como um lutador responsável, só contribuindo para denegrir um esporte extraordinário e os seus praticantes civilizados".
( Maurício Robbe).


A pergunta que se faz ao discutirmos os estereótipos tomados como exemplo pelos atletas do jiu-jitsu é a seguinte: Que exemplos são assimiláveis nas academias de jiu-jitsu?

Pois bem, toda nossa produção em ciência, é uma tentativa filosófica de responder a esta pergunta.Pois estes exemplos existem, em vez de não existirem – Uma vez que, professores e mestres, muitos destes desprovidos de anuência didática e psico-social, são tidos como tais.No fundo, esta pergunta remete-se ao sentido, a concepção deste sentido (em dupla definição).Ou seja refere-se , ao sentido de exemplo enquanto significado – onde a figura do mestre é associada a idéia de poder, supremacia e sucesso e também ao exemplo enquanto direção, onde os alunos se colocam no lugar comum de discípulos de seus mestres.

Um professor de jiu-jitsu numa equipe é a referencia temática do sentido de seus alunos, ao passo que o sentido da “arte suave” pode ser transmitido através da idéia de homeostase, de sentido vital, de caminho para a harmonização entre corpo e mente.Além disso, este mestre pode promover uma simbiose de conteúdos sociais, onde devem estar impressos valores sociais.

Por outro lado, existem os mestres que podem produzir uma temática de sentido negativa, onde este promove a violência, tanto social quanto psicológica em seus alunos, levando-s a cometer arbitrariedades e enfermidades para com seus ciclos sociais.

Desta forma, confere-se um sistema de análise de filosofia de ensino destes mestres que são tomados como exemplos e doutrinam seus alunos.Mediante tal sistema pode-se fazer uma indicação de avaliação psicológica destes mestres – no momento em que estes tenham que pegar suas faixas pretas.

Além dos mestres e professores, adejem-se neste campo os atletas de reconhecimento nacional ou internacional – estes atletas através do pressuposto midiático, local que promove modelos de comportamento, o sentido de direção – bem como, a segunda acepção voltam a aparecer daí desencadeia-se um processo idealizatório de imagem e construção da mesma.

Podemos exemplificar, tal suposto supracitado através da imagem que concerne os lutadores de jiu-jitsu, quase todos possuidores de: Cabeça raspada, “orelhas de couve-flor” -causados pelo estouro da cartilagem através do acumulo sanguíneo na região-(orelhas com deformações que podem ser provocadas pelos praticantes),colares de metal, companhia quase que assídua de um Pit Bull (animal canino de origem germânica) e linguajar com gírias específicas.

O individuo que passa a se compor desta forma, perpassa pelo que convencionamos chamar se “síndrome do Kaspar Hauser”, ou seja, ele involuntariamente mediante o sentido marxista de alienação passa a ser mais um produto da Industria cultural, entendendo assim que faz parte de uma comunidade – onde todos os membros preconizam os indivíduos estereotipados e idolatrados pela mídia.

Chega-se à conclusão de que a questão da imagem é, sobretudo, um principio ativo que parte do espectro de significados e símbolos que constituem uma leitura semântica da gramática do jiu-jitsu, passada por mestres, professores e atletas ( que tornam-se celebridades instantâneas).

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